A letra surgiu em um momento de irritação. Aborrecido com algumas situações resolvi escrever uma letra para dar um "recado" para aqueles cujas medidas se adequassem perfeitamente à carapuça que eu estava construindo. Acontece que as músicas tem vida própria. Nem sempre elas seguem o roteiro. Nunca se sabe de onde vem ou pra onde vai a canção. Lenine sabia disso muito bem:
De onde vem a canção (Lenine)
De onde?
De onde vem?
De onde vem a canção?
Quando do céu despenca
Quando já nasce pronta
Quando o vento é que inventa
De onde vem a canção?
De onde?
De onde vem?
De onde vem a canção?
Quando se materializa
No instante que se encanta
Do nada se concretiza
De onde vem a canção?
Pra onde vai a canção
Quando finda a melodia?
Onde a onda se propaga?
Em que espectro irradia?
Pra onde ela vai quando tudo silencia?
Depois do som consumado
Onde ela existiria?
Ao terminar a letra, toquei a música e senti o efeito boomerang imediatamente. A música se voltou contra mim. E o mais surpreendente: Deus havia falado comigo naquele exato momento: Essa guerra não é sua!! Olhe para a cruz, ceda!! Desarme-se!!!
Em um momento de tantas "guerras santas" propaladas aos brados pelos quatro cantos, por gente mais interessada na repercussão e no fortalecimento das classes e instituições do que na expansão do reino divino, será que não é hora de pararmos pra refletir que nessa guerra todos saem perdendo, que a palavra branda desvia o furor e que viver o amor de Deus acalma os corações e evita o confronto?
Jogue suas armas no chão!!! Olhe para cruz!!! Dê a outra face!!! Sirva e ore pelos seus oponentes... e os espinhos não mais ferirão.
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